A Harpa Egípcia de Peter Pringle

 

                                 


O doce som da harpa desde milênios encanta muitas pessoas ao redor do Mundo. No apogeu do Egito Antigo eram muito utilizadas, tanto no acompanhamento de músicas do meio popular como nas dos rituais místicos dos sacerdotes e em momentos de solenidade no palácio do Faraó.

Eram tantas harpas, tantas cores, e tantas formas. Muito bem representadas nas pinturas das paredes de templos, túmulos, palácios e muros. Geralmente eram feitas de cedro (ou sicômoro) e de pele animal, algumas bem decoradas. Comumente, eram tocadas por homens e mulheres. A harpa era um instrumento musical muito apreciado pelos egípcios.

O multi-instrumentista Peter Pringle resgatou um modelo de harpa egípcia para os tempos atuais. O modelo escolhido foi uma de 21 cordas. Ela foi fabricada com madeira de cedro e cola. Evitou-se usar pregos ou parafusos. A madeira foi coberta com uma camada de primer alquídico branco e decorada com pele animal. O pescoço foi pintado, reproduzindo os detalhes da harpa de um túmulo da Dinastia 18 de Nacht .


                                 




De acordo com a dinamarquesa arqueo-musicóloga Drª. Lise Manniche, o nome de uma dessas harpas na língua antiga era "djedjet", e quem tocasse um era um(a) "djedjwy". Comparando com as harpas modernas, a tensão das cordas das harpas arqueadas (egípcias) são relativamente baixas. A nota mais grave neste instrumento (corda # 21) é um F1 (43,65 Hz) e foi usada uma corda de tripa (para harpa de concerto) 5ª oitava para ela. As cordas mais altas com monofilamento de nylon aumentando em bitola para corda # 10. A partir desse ponto todas as cordas mais graves utilizam cordas de tripa. Também usou o código de cores de uma harpa moderna... cordas dó são as vermelhas e cordas fá são as pretas.



Peter descobriu também que os harmônicos das cordas são particularmente claros e de longa duração. Tudo isso devido à ausência da "curva harmônica" nas harpas arqueadas. Diferença clara ao observarmos o formato do pescoço da harpa moderna e o da arqueada. 



                                  



Foi feito um levantamento de dados para saber os calibres apropriados para este modelo de harpa egípcia de 21 cordas. A diferença de espessura entre a menor e a maior corda tinha que ser muito maior do que a diferença de espessura entre as cordas de uma harpa moderna. O maior comprimento da corda produz maravilhosamente um rico espectro de harmônicos.  Os harmônicos eram uma parte extremamente importante nas técnicas da harpa antiga.




Veja o vídeo do Youtube em que ele canta uma musica antiga retirada de hieróglifos acompanhada de sua bela harpa.






Conheçam mais sobre a harpa egípcia de Peter Pringle  no seu site de divulgação http://www.peterpringle.com/arched.html 



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