A Harpa e a história da Irlanda




                           



A tradição da antiga harpa irlandesa  pode ser datada ao longo de mil anos, mas algumas das primeiras representações das harpas foram encontradas esculpidas em pedras na Escócia, datando  século VIII ou IX.

A música era um elemento importante na vida de quem morava na Irlanda antiga, os harpistas daquele tempo foram honrados acima de todos os outros músicos, se fosse representada a posição social, o harpista ficava no topo da classe de nobreza Bo-Aire.

Devido ao seu poder na Irlanda, os harpistas começaram a ser assediados pela Coroa Inglesa no início do século XV. A importância política  e a influência na comunicação por parte dos harpistas inflamou  a Coroa Inglesa, a tentativa de dominar a Irlanda aumentou de forma árdua. A rainha Elizabeth emitiu uma proclamação ao Lorde Barrymore  para que executassem e pendurassem os harpistas, além disso ordenou que todas as harpas fossem queimadas.

Entre 1650 e 1660 Oliver Cromwell ordenou a destruição de harpas e órgãos. Harpas foram queimadas e harpistas proibidos de se reunir. Harpistas e menestréis, que eram prestigiados como "reis" foram levados a pobreza, viajavam de um lugar para outro mendigando para sobreviver com doações.



                            
                                                                     Ilustração figura a dominação Inglesa na Irlanda

 

No final do século XVIII, os harpistas tradicionais irlandeses estavam quase extintos. Para preservar a tradição da harpa irlandesa, um festival foi realizado na cidade de Belfast em julho de 1792. Todos os Harpistas irlandeses foram convidados a apresentar tudo aquilo que ainda sabiam do repertório irlandês antigo. Os prêmios foram oferecidos para os três melhores, mas ninguém iria embora de mãos vazias pois havia uma honraria a cada um deles.  


Apenas dez harpistas irlandeses e um harpista gaulês apareceram no festival. O mais novo era um menino de 15 anos, o mais velho que tinha 97 anos de idade era o Sr. Denis Hempson. Um jovem organista por nome Edward Bunting foi o encarregado de transcrever as músicas tocadas durante o festival, o intuito era preservar todo repertório irlandês antigo. Se temos a oportunidade de tocar peças antigas irlandesas isso é possível devido a brilhante ideia do Edward Bunting de ter preservado este acervo musical às próximas gerações.




                                 
                                                                                                         Denis Hempson



Dennis Hempson foi o último dos harpistas velhos que tocou com a harpa no ombro esquerdo e usou suas unhas para tocar as cordas. No final do século XVIII, ele era considerado uma relíquia de outra época, que tocava músicas tão antigas e esquecidas que não eram familiares aos outros harpistas. Hempson se recusou a tocar algumas de suas músicas, ele dizia: "Não adianta fazer isso, eles são muito difíceis de aprender, eles revivem lembranças dolorosas"...



                      

A tradição musical Irlandesa quase se extinguiu mas a força da música a fez sobreviver anos depois, a harpa se tornou o símbolo nacional. 

Um famoso harpista-trovador irlandês da época foi o Turlough O´Carolan, harpista cego.

                                 



Fontes:

https://www.harpmuse.com/harp-history

Comentários

  1. Um harpista cego tocando (arpa) harpa é impressionante mesmo
    Li uma reportagem de que a harpa é o sexto instrumento mais difícil

    de todos os instrumentos

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