Classe de Harpa na 1ª edição do FIMUCA







A UFRN organizou o primeiro Festival Internacional de Música em Casa (FIMUCA) realizado no período de 29 de junho a 3 de julho nesse tempo em que o Mundo passa pelos problemas e isolamentos sociais decorrentes à Pandemia do Corona Vírus.

O cronograma das aulas ficava disponível no site além do currículo os professores.
As aulas eram transmitidas via Zoom e Youtube simultaneamente, o link para acesso era compartilhado no site ou via WhatsApp, caso houvesse alguma mudança no horário. 

Havia a possibilidade de conversas nos fóruns e chats do site ou na sala do Zoom Meeting. Alguns alunos puderam enviar seus vídeos tocando para serem avaliados nessa Master Class a distância.

Veremos a seguir mais informações dos Professores participantes e dos tópicos abordados nas aulas.





                                                                                  Professores da Classe de Harpa










Paola Baron – Coordenadora da Classe




Italiana, Paola Baron obteve o Mestrado na Universidade Mozarteum de Salzburg com Sarah O’Brien e se aperfeiçoou no Conservatório Superior de Lyon, com Fabrice Pierre. Em 2018, concluiu o Doutorado em Musicologia na UNESP – Universidade do Estado de São Paulo. Foi harpista principal do Teatro Ópera e Ballet de Liubliana (Eslovênia), da Orquestra Fondazione Arturo Toscanini (sob a regência de Lorin Maazel), da Orchester der Tiroler Festspiele (dirigida por Gustav Kuhn) e do Balé Real de Birmingham, entre outros grupos. Atuou como solista e camerista na Itália, França, Alemanha, Áustria, EUA, e Brasil. Em 2002, obteve o segundo prêmio no Victor Salvi, o mais prestigioso concurso de harpa da Itália e, em 2007, venceu o Concurso Internacional da Associação Eslovena de Harpa. Professora da EMESP – Escola de Música do Estado de São Paulo, Paola foi harpista da Osesp de 2007 a 2014 e, atualmente, é Harpista Principal da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.



Liuba Klevtsova





A russa Liuba Klevtsova começou a estudar harpa aos sete anos em Moscou, com a professora Elena Pavlova. Conquistou o 1º Prêmio no II Concurso Moscovita de Jovens Harpistas, Liuba, então com 15 anos, entrou para o Colégio de Música do Conservatório Tchaikovsky de Moscou, na classe de Margarita Maslennikova, iniciou o trabalho de docente na Escola Municipal de Música de Moscou e intensificou seu trabalho como solista nas principais salas de concerto da Rússia. Em 1995 ingressou na classe de Vera Dulova no Conservatório Tchaikovsky de Moscou. Em 1997, foi diplomada no Concurso Internacional de Música de Moscou e, no ano seguinte, tornou-se professora oficial do Colégio de Música Elektrostal. Após sua formação acadêmica no ano de 2000, no mesmo ano Liuba integrou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo como harpista convidada e a partir de 2001 como Harpista Principal, posição que ocupa atualmente. No ano 2006 foi convidada para reemplantar o curso de harpa do Conservatorio Dramatico e Musical "Dr, Carlos de Campos", de Tatui. Leciona em importantes festivais de música do país, como Festival de Inverno de Campos do Jordão, Curso Internacional de Verão de Brasília, Festival de Música SESC - RS. Atua como solista nas principais orquestras do Brasil e é professora da Academia da OSESP.



Marcella Carboni





Harpista, compositora, improvisadora e professora. O jazz contemporâneo de Marcella Carboni é feito de puro som e eletrônica, escritura e improvisação. Além dos passos educacionais tradicionais, como a graduação em harpa clássica, o diploma acadêmico em jazz e o estudo da composição compoem a trajetória dessa artista. Nomes conhecidos no cenário europeu do jazz, como Bruno Tommaso, Rosario Giuliani e Enrico Intra, trabalharam com ela, geralmente compondo especialmente para seu instrumento ou confiando-lhe algumas de suas próprias páginas, como aconteceu com o gigante do jazz, Enrico Pieranunzi. Se, por um lado, ela foi influenciada pelo jazz convencional, por outro, a associação com Butch Morris, o Genoma Sonic de Anthony Braxton ou o laboratório coletivo de improvisação de Franco Ferguson contribuíram para formar parte de sua alma como improvisadora radical. Sua harpa eletroacústica costuma estar no centro de eventos na televisão, rádio e na web.




Cristina Braga





Cristina Braga, harpista e cantora, tem sido grande responsável pela divulgação da harpa no Brasil, e de uma harpa brasileira no mundo. Afinal de contas ela diz: “A harpa tem a forma do mapa brasileiro, é como ter o Brasil nas mãos, tocar o Brasil”. Com seu trabalho persistente mostrou que seu instrumento além de solar com orquestras também tem alma brasileira, tocando samba, choro, bossa, e participa de inúmeros projetos de música clássica e popular com a mesma desenvoltura. Foi aluna de Acácia Brazil no Rio de Janeiro, formada pela UFRJ, onde alcançou o prêmio de distinção “Medalha de Ouro” e de Susann McDonald nos EUA. Tem 17 discos gravados. Ocupou o cargo de 1a. Harpista da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro aonde tocou sob a batuta de nomes como Mistislav Rostropovich, Karl Martin, José Maria Florêncio, Sílvio Barbato, Sílvio Viegas, entre outros. É professora de harpa da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com a mesma naturalidade aprendeu a pedalar bossa-nova tocando com Peri Ribeiro, estrelou um show de samba tocando Noel Rosa e Cartola na harpa com direção de Haroldo Costa e locução de Sargentelli, tocou com as divas eternas Nara Leão, Ana Carolina e Zizi Possi; gravou em discos de Gal Costa, Marisa Monte, Chico Buarque, Zeca Baleiro entre outros; colocou harpa no rock nacional acompanhando os Titãs, e participou de apresentações ao lado de Lenine. Foi uma das diretoras do Congresso Mundial de Harpas, de 1993 a 2011, criou e dirigiu o Festival Vale do Café por quatro edições, até 2006. Em 2014 inaugurou o Jardim de Música Uaná Etê, nas montanhas do Rio de Janeiro ao lado de Ricardo Medeiros www.uanaete.com , e em 2015 criou a Festa Livre Ornamental do Rio – FLOR Atlântica www.floratlantica.com



Gabriella Dall'Olio 





Gabriella continua uma carreira de alto nível com recitais de solo e música de câmara; suas gravações aclamadas pela crítica abrangem trabalhos solo, de câmara e orquestrais nos selos Claves, Koch, Naxos, Stradivarius, Dal Segno EM e Ambitus. Seu "Harp Recital" no Claves, ganhou um prêmio de Five Diapasons e foi descrito como "Uma hora e 15 minutos de Poesia". Gabriella gravou ao vivo para as rádios e televisões francesas, alemãs, italianas e suíças ao longo dos anos e ganhou inúmeros prêmios, prêmios e bolsas de estudo, incluindo a competição Victor Salvi de 1989, na Itália, e o prêmio Junge Kunstler de 1992, na Suíça. Seu amplo e variado repertório e experiência abrange a maioria dos solos, concertos, repertório de música de câmara, além de obras de orquestra (sinfônica, ópera e balé), trabalhos educacionais, bandas pop e big, crossover de sujeira e rap. Os compromissos solo recentes incluem considerandos solo do Reino Unido (Bath Festival), Hungria, Itália, Espanha, Croácia e Extremo Oriente (Cingapura, Hong Kong, Austrália) e apresentações na Itália e no Reino Unido de Danses Sacree et Profane, de Debussy, Ravel's Introduction e Allegro com o Hebrides Ensemble na Inglaterra e Escócia; Concerto de Ginastera com a Orquestra Whitehall. Flauta de Mozart e concerto de harpa com a flautista Anna Noakes e The London Virtuosi, sinfonia Concertante de Panoufnik para flauta, harpa e orquestra e estréia de Tim Jackson Be Not Afeared para harpa e orquestra com St Paul Sinfonia; apresentações solo e de música de câmara com o Gabrieli Consort e a St John's Orchestra em Kings Place. Com o Hebrides Ensemble, Gabriella estreou um importante trabalho de câmara de J.McMillan, que mais tarde foi gravado e ficou no topo das paradas clássicas da BBC, e deixou James escrever uma peça solo para ela; mais shows com esse grupo incluíram Ravel, Berio Folksongs, Takemitsu Trio, etc. Gabriella tem uma longa flauta e harpa com sua maravilhosa amiga e colega Anna Noakes, e recentemente formou um trio com o lendário violista Roger Chase. Gabriella inspirou e encomendou compositores para escrever para a harpa (Benati, Jackson, Marson, Knott, Nicolson, Thomas, Lewis); lançamentos recentes são a gravação dos trabalhos de Paul Lewis para harpa solo e música de câmara com harpa para EM, e a harpa iraniana Concerto Persian Echoes com a Orquestra de Câmara Inglesa e o Trio Lucid Dream para Naxos. Ela acabou de gravar o Arturo Marquez Harp Concerto com Shakespeare Sinfonia e o Song Cycle para tenor e harpa com Jamie McDougle, a ser lançado ainda este ano no Toccata Classics Next. Gabriella lança lances com algumas das mais destacadas orquestras do Reino Unido e da Europa: London Symphony Orchestra, BBC Symphony Orchestra, Philharmonia, Royal Philharmonic Orchestra, London Philharmonic Orchestra, English Chamber Orchestra, Orchestra of the Age of Enlightenment, Orchestra of the Royal Opera House, Covent Garden, além da Filarmônica de Berlim, Filarmônica de Viena, Ópera Estatal de Viena, Orquestra de Câmara da Europa, Orquestra Sinfônica da Rádio da Baviera. Os maestros com quem trabalha incluem Nikolaus Harnoncourt, Claudio Abbado, Mariss Janssen, Valery Gergiev, Simon Rattle, Lorin Maazel, Sir Colin Davis, Antonio Pappano, Bernard Haitink, Segei Osawa, Esa Pekka Salonen, Donald Runnicles, entre muitos outros. Gabriella tocou com Tina Turner em seu concerto de 60 anos, e com Sting, Phil Collins, Elton John no RAH de Londres (e Kazabian, Petshop Boys, Faith SFX, campeão mundial DJ Switch, etc!). Ela também tocou em shows do West End, tocou em sessões de filmes e jingles (o último é Nutcracker the Four Realms by Walt Disney) sozinha e com os filmes Philharmonia, LSO, BBC e séries de documentários. Gabriella está comprometida com o ensino e é diretora de estudos de harpa no Conservatório de Música e Dança Trinity Laban em Londres, Reino Unido, onde ensina e orienta jovens harpistas e músicos vibrantes e entusiasmados de todo o mundo. Gabriella Dall'Olio nasceu e cresceu em sua cidade natal, Bolonha, Itália, a quem ela ama muito. Ela treinou na Itália, França e Alemanha com Anna Loro, Pierre Jamet. Jacqueline Borot, Fabrice Pierre e Giselle Herbert.





Oscar Rodriguez do Campo





Oscar Rodríguez Do Campo (Argentina / Portugal) é professor de harpa residente na cidade de Buenos Aires. Ele é graduado no Conservatório Alberto Ginastera, na província de Buenos Aires (bacharelado em educação musical + bacharel em ensino de harpa, com honras) e pós-graduado na Universidade Nacional de Artes da Argentina (bacharelado em música em performance de harpa), com summa hon laude Honras. Ele é professor de harpa em três instituições diferentes: a Escola de Música Celia Torrá, o Departamento de Música da Universidade Nacional de Artes e a escola de música Nueva Escuela Argentina de Harpa, que ele fundou há vários anos e agora está se expandindo para o Brasil. Ele também é o correspondente do World Harp Congress na Argentina, arranjador, pesquisador e pedagogo, e formou até agora três gerações de harpistas argentinos e internacionais, ajudando-os a superar problemas técnicos, questões metodológicas e interpretativas. Ele estudou na França com a lenda da harpa Marielle Nordmann e, mais tarde, ele se tornou seu discípulo, em suas próprias palavras. Ele desenvolveu seu próprio método, envolvendo diversas técnicas para tocar com saúde e melhorar a qualidade do som. Nascido na Argentina, no coração de uma família portuguesa, ele começou a estudar a harpa popular paraguaia na adolescência, antes de descobrir a harpa de pedal alguns anos depois. Começou a estudar harpa paraguaia aos 16 anos, com os maestros Quintín Irala (harpa) e Lara Bareiro (música). Ele estudou na Argentina com as professoras Elena Carfi e María Esther Moro.




Mara Diniello





Nasceu em General Roca, Argentina, iniciou seus estudos musicais em el INSA com a Prof. Clelia Mertens e ingressou no Conservatório Nacional “Carlos López Buchardo”, Damus, em la cátedra de Hilda Perín, como Lic. em Artes Musicais especialidade Harpa. Se estabeleceu por um ano em La Jolla, California, Estados Unidos. Continuou seu aperfeiçoamento com o mestre Oscar Rodríguez Do Campo, frequentou as master classes ministradas por grandes harpistas como Marielle Nordman, Carol Mc Laughlin, Susann McDonald, María Luisa Rayán e através bolsa da Repsol YPF, com a harpista Magdalena Barrera, em Barcelona, Espanha. 
Depois, fixou residência na cidade de Cipolletti, Argentina, onde desenvolveu intensa atividade musical, como professora, em festivais, encontros, música de câmara e ciclos que a levaram a se apresentar em várias cidades do país e do exterior. Entre 1997-2004 trabalhou como professor responsável pela cadeira de harpa clássica do I.U.P.A. (Instituto Universitario Patagónico de Artes), localizado na cidade de General Roca, Río Negro. Participa ativamente do ENARP (Encontro Nacional de Harpistas) realizado na Capital Federal, San Juan, La Plata, Mar del Plata e Córdoba, no ciclo Semana Musical Llao Llao 2005, 2012 e 2013, em Bariloche, Río Negro, na "Semana Musical 38" de Frutillar no Chile, Ciclo Pertencente FNA, III Festival RioHarp no Rio de Janeiro, Brasil, no Encontro Latino-Americano de Harpa 2015 em Lima Peru, nos dias 1, 4 e 5 Buenos Aires Harp Week, organizada pela New Argentine Harp School. Foi selecionada por concurso do júri da Associação de Intérpretes Clássicos Argentinos para atuar como solista com a orquestra 3 de Febrero da Capital Federal, no ciclo de concertos de jovens intérpretes do Auditório San Rafael da cidade de Buenos Aires. Atua como solista com a Orquestra Filarmônica de Río Negro sob a direção de Martin Freires, a Sinfonia de Río Negro sob a batuta de Fabrizio Danei e em várias ocasiões com a Orquestra Sinfônica de Neuquén sob a direção dos professores Reinaldo Labrín, Luis Corrado , Nicholas Rauss, Andrés Tolcachir e Emir Saul. Juntamente com a Orquesta de los Neuquinos, estreou na Argentina o Concerto para harpa e orquestra, “Sob a constelação do Homem Pássaro” de Esteban Benzecry. Grava como solista o Concerto Haendel em B e Wagenseil com a Orquestra de Câmara de Neuquén e seu primeiro disco de câmara, “Patagonia Clásica”, ao lado do flautista Marcelo Alvarez. Posteriormente, estreou e gravou a obra "Dança para uma mara patagônica", que lhe foi dedicada pelo professor Naldo Labrin. É integrante da Estação Patagônia, quinteto de palhetas duplas e harpa, que tem por missão divulgar o repertório do compositor argentino Astor Piazzolla. É harpa solo na Orquestra Sinfônica de Neuquén desde 2000.





Angélica Vianna





Angélica Vianna é mineira e formada em Bacharelado em Harpa pela Escola de Música da UFMG na classe da professora Myriam Rugani. Durante o período de 1995-1996 estudou, em caráter particular, com a professora Wanda Eichbauer (UFRJ). É pós-graduada pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, com grau de “Master in Music - Harp Performance” com a professora Susann McDonald. Foi finalista do Concurso Norte Americano de Harpa Ann Adams, realizado em Baton Rouge, Estado de Louisiana, EUA. Participou de Master Classes com os harpistas Isabelle Moretti (Conservatoire du Paris), Marielle Nordmann (França), Mário Falcão (Portugal/EUA), Norma Rodrigues (São Paulo) e Acácia Brazil de Mello (Rio de Janeiro). Como instrumentista de orquestra foi convidada a participar de várias orquestras profissionais do Brasil e dos Estados Unidos, tendo sido primeira harpista da “Indiana University Harp Ensemble”. Participou de vários eventos solo em diversos estados americanos organizados pela Produtora Empresarial Americana “Music Attractions”. Deu Palestras em Festivais de harpa em Williamsburg no Estado de Virgínia, USA. Lecionou como assistente da renomada Professora Susann McDonald no Curso Internacional de Férias em Bloomington, Indiana, e foi assistente da Professora Elzbieta Szmyt no curso Pre-College de harpa da Indiana University no período de 1997 a maio de 2000. Lecionou a disciplina acadêmica “Harp Technology” do curso de Graduação e Pós-graduação da mesma Universidade nos EUA. Angélica é a única brasileira especializada em manutenção e regulagem de harpas, treinada pela Fábrica de Harpas Lyon&Healy em Chicago, sendo atualmente a representante da mesma no Brasil. É também correspondente oficial brasileira da Organização Internacional “World Harp Congress”. 






                                                                    Tópicos abordados nas aulas 





Aula 1  • A Sonata do Paul Hindemith e formas de estudo  


Professora : Gabriella Dall'Ollio    
                  
Data e horário : 29/06 às 14hs


Para baixar a partitura acesse  https://imslp.org/wiki/Harp_Sonata_(Hindemith%2C_Paul)

☆ O ideal é não só conhecer e dominar a técnica para tocar a música, mas antes devemos:

- Conhecer a história do Compositor e da sua obra
- Entender a escrita da música ( a partitura)
- Compreender a intenção musical ou qual mensagem o Compositor queria passar com esta peça.

☆ Não ficar abafando as cordas de forma desnecessária. Só abafar quando houver escrita informando pausa ou sinal próprio de abafar certa região, pois o ato de abafar também traz um efeito sonoro.

☆ O Compositor Paul Hindemith antes de compor esta Sonata procurou entender as técnicas empregadas na harpa para escrever músicas de forma "correta" para o instrumento. Sem comparações ao piano que utiliza duas claves na partitura, mas possuía técnicas diferentes que não seriam executadas igual na harpa.

☆ Estude de forma consciente! procure escutar vários compositores e enriquecer sua playlist musical.

☆ Crie o hábito de estudar e gravar tudo o que estudou para assistir e se avaliar quanto a sonoridade, execução ou performance. Toque para outras pessoas afim de receber feedback também.






Aula 2   Técnica harpística e partes orquestrais 


Professora : Liuba Klevtsova     

Data e horário : 30/06 às 14hs


☆ Foram usados os Estudos do Bochsa e Bach-Grandjany na aula

☆ Benefícios dos estudos de Bach

- Enriquece a técnica do intérprete 

- Enriquece o conhecimento prático e mecânico da polifonia na harpa.


☆ Velocidade na hora de estudar uma peça 

1- Devagar * Para conhecer e decorar as notas e o dedilhado

2- Rápido (ou no tempo escrito pelo compositor ) * Deixar a peça exatamente como indicado na partitura.


☆ Dicas para quem vai começar a tocar em orquestra:

1 Estudar bem toda a peça 

2 Decorar as partes

3 Prestar muita atenção ao Regente

4 Estar preparado para qualquer  tipo de mudança na música ... exemplo: o maestro pode alterar a forma da execução de algum acorde (de um acorde arpejado para seco) ou a velocidade (podem pedir que toque um pouco mais devagar ou rápido).




Aula 3  Jazz e Improvisação na Harpa   


Professora : Marcella Carboni       
     
Data e horário :  01/06 às 9hs


☆ O improviso na harpa é intencional.

☆ Estude bastante acordes para saber como eles funcionam e como podem interagir com a introdução de outros elementos ou técnicas.

☆ O aperfeiçoamento vem do contínuo estudo e de suas repetições.

☆ A professora Marcella criou a habilidade de usar 2 a 3 pedais ao mesmo tempo sem encaixa-los totalmente para facilitar as passagens rápidas, essa prática foi ensinada quando a mesma teve contato com técnicas da Escola Salzedo.

☆ As Técnicas Clássicas ajudam a "suportar" o nível de independência no dedilhado de cada mão.

☆ Ela geralmente não escreve os pedais para manter "a prontidão" na hora de tocar as cifras. Quando não entende usa a nota fundamental do acorde no momento do estudo ou improviso.

☆ Livro dela para quem quer aprender sobre jazz na harpa * Jazz Harp a practical method * editora Vanderbilt. Compre no site https://vanderbiltmusic.com/carboni-jazz-harp-a-practical-method/











Aula 4 Músicas Argentinas na Harpa  


Professora : Mara Diniello        
      
Data e horário : 01/06 às 14hs


☆ Foram usadas as Músicas 5 Tristes y 3 Aires Criollos de Julián Aguirre, Huaino de I. Villoud e Alfonsina y el Mar de Ariel Ramírez.

☆ Sobre Huaino: destacamos seu ritmo e características das músicas latinas. O interessante é que pode ser tocada na Harpa de alavancas pois não tem alterações. Há uma versão transcrita pelo Professor Oscar Rodriguez Do Campo com vários recursos harpísticos.

☆ Sobre Los Tristes e 
Alfonsina y el mar: essas peças foram escritas para piano mas podem ser tocadas na Harpa. Elas têm muitos elementos importantes na introdução, ad libitum e a escrita musical associada ao violão e as características do Folclore Argentino, para ter o efeito sonoro de uma guitarra deve-se tocar próximo a tábua harmônica (p.d.l.t.).Los Tristes exploram "imagens musicais" aliadas à localidades e Províncias da Argentina, usam também ritmos como Zamba muito presentes na herança musical local.

 Alfonsina y el mar é uma Zamba baseada numa  dança típica da Argentina em escalas de terças associada também a uma homenagem que o compositor fez para uma poetisa.

Outra característica importante nessas músicas é a polirritmia. Que usa compassos com tempos diferentes para cada mão, por exemplo uma música tocada na clave de sol está com tempo binário já a da clave de fá em tempo ternário. 


☆ A Professora recomenda :

- Livro El Folklore musical argentino Editorial Ricordi Isabel Aretz

- Livro Momentos musicales de Laura Manghi

Magica y Misteriosa e um concerto para harpa e orquestra de cordas Claudia Montero (composição premiada no Grammy )

Milonga del Angel interpretada por Maria Luisa Rayan, ela tem um grupo chamado Estacion Patagonia que explora vários repertórios.









Aula 5  Ritmos Brasileiros na Harpa  


Professora : Cristina Braga                    

Data e horário : 02/06 às 10hs


☆ Devemos ter conhecimento não só musical, mas saber como o som nasce, se propaga e passa pelos corpos.

☆ A palavra Pessoa vem do latim Persona, Aquele por onde o som passa.

☆ Experimente a nota Si5, sua ressonância pelo ar e chão são marcantes.

☆ Precisamos de senso rítmico e melódico por conta da complexidade que o estudo da harpa exige. O centro rítmico deve ser concentrado na região do intestino.

☆ O sentimento da música brasileira é em dois tempos (binário).

☆ O  número 4 está presente na natureza, no agrupamento de sons e ideias.

☆ Professora Acácia Brazil falava que Cavalo de Batalha era o "menu" ou a lista de músicas para uma apresentação. Começar sempre com músicas introdutórias que você mais domina para te deixar mais a vontade, esse grau de dificuldade vai aumentando ao longo do concerto.

☆ O padrão rítmico escolhido para apresentação é importante para conexão com a platéia.

☆ Piada de orquestra que quase todo Harpista escutava:  trabalhas na casa? rsrsrs.

☆ O Choro n.10 do Villa Lobos tem um bom exemplo do ritmo baião .

☆ Intelectualizar o ritmo ... entendê-lo para transmiti-lo.

☆ Ritmo = repetição = ciclo.

☆ Procurar a igualdade, ter  pressão regular, procurar interesse no acento, ter "tato", bom impulso, ter atenção a respiração.

☆ Respiração define a frase musical, ritmo é movimento repetido, ritmo é cíclico.

☆Explorar ritmos brasileiros na Harpa não é complicado, só exige estudo e dedicação. Traduzir o ritmo escolhido do tambor para mão esquerda fazendo marcação para melodia ser feita na mão direita ou alternar as mãos mantendo o padrão rítmico.

☆ Glissando usado na música latina deve ser seco diferente do glissando chamado Kloster.

☆Dica da Professora: "Pegar as dificuldades e diminuir em pequenas porções. Por fim conseguir acabar com elas, e então alcançar o objetivo".





Aula 6  Técnicas Harpísticas e formas de estudo  


Professor : Oscar Rodríguez Do Campo        
Data e horário : 02/06 às 14hs


Músicas estudadas:

☆ 2ª Sonatina do Naderman 

https://imslp.org/wiki/7_Sonates_progressives%2C_Op.92_(Naderman%2C_Fran%C3%A7ois-Joseph)

☆ Nocturno do Glinka 

https://imslp.org/wiki/Nocturne_(Glinka%2C_Mikhail)

☆ Concerto para Flauta e Harpa 1º mov do concerto de Mozart;

https://imslp.org/wiki/Flute_and_Harp_Concerto_in_C_major%2C_K.299%2F297c_(Mozart%2C_Wolfgang_Amadeus)


☆ Ao iniciar os estudos sempre fazer alongamento do corpo. Não estudar por muitos minutos, pois depois desse tempo o cérebro não consegue captar mais informações.

☆ É preferível estudar 1h, depois descansa 20 min e assim por diante.

☆ A respiração deve acompanhar o fraseado se forem frases curtas.

☆ Temos q levar 3 coisas em consideração para o relaxamento : punho, cotovelo e ombro essas 3 partes tem que poder se mover livremente, sem nenhuma tensão permanente.

☆ Alguns harpistas se movimentam muito e ainda assim tocam "duro". Relaxamento é uma coisa interna. Não havendo esse hábito, posteriormente poderão surgir tendinites ou outros problemas por exemplo.

☆ Não podemos tocar sem saber respirar corretamente. Respirar sempre pelo diafragma, e não subindo a caixa torácica. 

☆ Para poder produzir o som, juntamos energia, fazemos contato com a corda, pressionamos e soltamos para a propagação dos sons. Basta usar tensão nos momentos certos e encontrar um equilíbrio entre relaxamento e a tensão.

☆ O professor precisa estar capacitado para perceber as diferenças entre as pessoas e usar técnicas que se encaixam perfeitamente. É tudo muito pessoal e a pessoa precisa estar ao lado para ver todos os detalhes .

☆ É muito importante o diálogo entre aluno e professor, para que todas as dúvidas sejam esclarecidas e haja uma boa evolução nos estudos.


☆ Livro do Professor Oscar está a venda no site do link abaixo 






Aula 7  Manutenção da Harpa  


Professora : Angélica Viana             


Data e horário : 03/06 às 10hs



☆ A Harpa assim como nós, precisa de cuidados. Todo Harpista deve ter conhecimentos básicos de manutenção  para manter sua Harpa em bom estado.

☆ A temperatura do ar deve ser agradável, a umidade do ar não pode ser seca nem úmida demais. Nada de muito frio  ou muito calor pois isso contribui com o rompimento  das cordas. 

☆ O meio das cordas vão se desgastando e ficando mais finos com o passar do tempo. As partes próximas aos discos também sofrem desgaste.

☆ O ideal é comprarmos cordas da mesma marca ou fabricante, pois cordas de fabricantes diferentes possuem algumas particularidades que sentimos ao tocar, geralmente você vai usar mais força na hora de tocar porque umas podem ser duras e outras bem moles.

☆ Por vezes a tinta das cordas fazem barulho na hora de tocar (nos discos) Isso acontece só com os bordões. Nesse caso pegamos uma lixa de gramatura 400 e tiramos a pintura dessa  parte da corda (virado para a corda) porque se você virar para o disco vai acabar danificando o mesmo.

☆ Se as cordas não estiverem soltas (encaixe de bequadro) não haverá uma boa afinação da Harpa.

☆ É muito importante que o professor mostre aos alunos como afinar corretamente a harpa para não haver desgaste nos discos da região dos bordões.

☆ Se a ponta do pino  do bordão estiver folgada ela contribuirá para um ruído na hora em que a corda for tocada. Para tirar esse ruído é necessário você apertar o parafuso que fica atrás do pescoço. Nas Harpas da Lyon precisa-se de duas chavinhas, já nas da Salvi só uma chave mas de modelo diferente. Harpas Salvi são um pouco menos delicadas do ponto de vista da mecânica, mas precisam da mesma atenção.

☆ Existe na internet vários manuais de manutenção básica (Salvi, Lyon, Camac, Swanson) em PDF


https://www.camac-harps.com/en/service/


☆ Quanto mais velha a harpa mais altos são os sustenidos e a pressão no tampo podendo eleva-la.

☆ O joelho é a parte mais sensível da harpa, essa região sofre uma pressão por conta das cordas. Devemos evitar apoiar o joelho. Apoiar sempre na coluna não no joelho, isso serve para transporte, na hora em que a harpa estiver  passando  por manutenção, e quando for necessário abrir o encaixe da base onde ficam os pedais.

☆ Ao mexer nas molas dos pedais é necessário proteger os olhos com óculos pois elas podem pular. A parte de baixo da harpa quando solta comicamente chamam de privada kkkk.

☆ Há um pedaço de feltro dentro da base da coluna apelidada de fralda. A mesma serve como apoio para os tirantes não se chocarem e também não quebrar. O feltro é colocado no meio e dá uma volta nos tirantes.

☆ Graxa se põe nas partes metálicas que se movem. Sem excessos. A Professora Angélica usa uma da marca Finish Line.

☆ A Salvi fez um comunicado sobre higienização da harpa no período da pandemia corona vírus. As cordas podem ser desinfetadas com álcool gel. Já o corpo da harpa não. É possível passar pano úmido com detergente só uma vez a cada três meses.
Ter cuidado para o álcool ser tipo gel e sem hidratante. Ter cuidado para o álcool não cair na madeira. A limpeza do corpo pode ser feita com pano um pouco úmido.
E depois passar um pano seco para remover qualquer umidade.






Aula 8  Estudo das Danças Sacras e Profanas de Debussy  


Professora : Paola Baron                 

Data e horário : 03/06 às 14hs


As Danças foram escritas para um concurso, a harpista que as tocou pela primeira vez em público foi a  Lucille Wurmser-Delcourt .
 
Originalmente seria para harpa cromática.

☆ A fonte do histórico das danças está disponível no site Associazione Italiana Dell'Arpa num trabalho de tcc. Iremos publicar futuramente aqui no Blog.

☆ Deve-se procurar o melhor dedilhado, ter atenção as passagens e mudanças cromáticas.

☆ Estudar devagar até alcançar a velocidade correta da música. 





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Agradecemos a sua visita!!!  

Até a próxima !!!





































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